
Um dos primeiros textos que escrevi, ainda na casa antiga, mencionava um cenário para um tango. Verdade seja dita, não era um tango clássico, era aquele mesclado com uma batida eletrônica que deu uma cara nova ao ritmo mais melancólico que já existiu.
Ontem tive a oportunidade de estar num cenário real, do tango autêntico, do cantor junto à orquestra típica e de algo que não era feito para turistas, senão para amantes de longa data dessa música: senhores e senhoras, na casa dos oitenta e pico (como se diz aqui), que não se intimidavam em levantar a voz em vários "bravos" entusiasmados a cada composição tocada.
Ainda que tenha ficado muito emocionada com a empostação do cantor e a maravilha vinda da união dos violinos, bandoneones, piano e baixo, não me senti à altura daquelas canções. Era preciso uma história com o tango, era preciso que ele tivesse sido trilha sonora de uma paixão e sofrimento, o quê vários desses personagens que compunham a plateia deixavam claro em suas feições. O tango era deles. E muito merecidamente.
Torcuato Tasso - Defensa, 1575.
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